sábado, 13 de outubro de 2007

Ás vezes a vida passa como um filme, às vezes, a vida não passa com o tempo do relógio. Às vezes a vida fica estagnada, e às vezes ela se esuqece de você. E aí, quantas vezes ela muda?

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Gosto de contos de fadas. Por várias vezes quis viver um. Depois penso se não seria mais emocionante minha própria vida...

Era uma vez um sonho. O sonho que queria ser grande. Tornou-se tão enorme que não cabia em si. O que aconteceu? Não virou realidade... =/

Triste, não?

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Q-U-A-T-R-E-N-T-A

Estava sentada na varanda da casa bela. Talvez a casa não fosse dela. Mas estava lá. Ele veio, sisudo, pomposo, chegava a ser grotesca a imagem. Senhor barbudo, gordo, parecia tenor. Era Antenor, algo de tenor tinha, além da pose. Abriu a boca, saiu um bocejo preguiçoso. Da boca dela, nenhuma palavra, só um som esquisito que não parava. Ele ergueu os braços, como espreguiçou! Parecia um gato que acabara de acordar. E aquela imagem não parecia caber naquele homem, ela pensou.


A menina não era bela como a casa. Balançava as pernas na varanda como uma criança, porém, estava no auge de seus trinta e um anos. "Quantos anos", pensou. Imaginou as tantas vezes que ouviu "Estou chegando aos trinta, queria ter parado nos dezenove". Quanta bobagem. Ela sentia que hoje tinha quatro, dez, no máximo. Depois lembrou que seis anos de diferença podia ser muito. Recalculou a idade: pareço ter quatro, seis no máximo. Mas dois anos também poderiam ser muitos anos, se valendo da 'idade da loba'. Se você tem trinta e oito, para ter quarenta... Q-U-A-R-E-N-T-A! Tinha que encher a boca para dizer Q-U-A-R-E-N-T-A! Ficou assustada. Pensava, então, tenho quatro e só. É quase igual, só troca o zero de lugar!


Foi assim, com o pensamento de quem tinha quatro anos, fez quarenta naquela varanda. Afinal, é só mudar o zero de lugar!

Auto-imagem

Estou perdida. À beira de um abismo imenso. Ecoa o vento lá embaixo. Ecoa a morte e os raios do Sol. Um tanto quanto controversa essa imagem que me vem à mente.

Parece que o tempo passa, mas várias partes de mim se mantém como não deveriam. Sou um emaranhado de ferro, arames e alumínios; em parte brilhantes, em parte maior, enferrujados. Caso não enxergue como eu, converse com as engrenagens perdidas dentro dessa cabeça (quase) oca.

Pois é, pareço um tanto dura comigo mesma. Quem sabe exatamente quem sou? Eu não. Talvez deva se conhecer melhor antes de falar com qualquer outra pessoa. Isto me tornaria mais anti-social, não sei se é grande idéia... E de quantas grandes idéias é constituída uma pessoa vazia?