segunda-feira, 27 de abril de 2009

.crescendo.

Se viu pequena, miúda, quase inexistente. Doía a ideia de crescer, porque parecia que não havia o que crescer naquela pouca quantidade de massa humana. E olha que eu nem estou falando da Macabéa da Clarice, porque ela já era adulta quando a conheci. Falo de uma menina que eu vi crescer assim, de repente. Não vou contar que ela cresceu e se tornou uma super-mulher, não. Só queria contar a impressão que eu tinha quando via seu corpo miúdo. E é só esse fato mesmo.

Voltando: e sua dor era interminável, a ponto de ela não conseguir dormir durante as noites quentes e permanecer ainda mias acordada durante as noites frias. Ela não dizia ser insônia, pois não se fazia doente jamais. Era apenas a dor de crescer. Foi aí que rolou-lhe uma lágrima pelo rosto. E ela sorriu, tensa.

.nas suas cores.

Aquelas unhas tingidas de vermelho não enganavam a ninguém. Ela apostava que poderia ser mulher, mas seus atos a entregavam. Era apenas uma menina, quase mulher, pseudo-mulher que tentava enganar. Mas foi enganando a si que um dia viu que já não era mais a menininha do papai. Ela cresceu, viu seu sorriso e lá está.

domingo, 26 de abril de 2009

.como outra qualquer.

Mais uma como outra qualquer. Dessa forma a garota resolveu se classificar e ficar. Dessa forma, não incomodava, não fazia, não era. Simplesmente o conformismo a fez ser nada e ela se desmaterializou da história, inclusive da sua própria história que, por curiosidade, eu poderia tentar encontrar e contar. Pena que hoje, a curiosidade matou o gato e eu não estou tão a fim de morrer...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

.um des-romanceamento.

Queria escrever como algum romancista incrível. Talvez não um romance, por não ser a pessoa certa a esse tipo de escrita, talvez fosse uma história de aventura. Uma aventura pelas florestas encantadas dos cabelos de fogo da menina-moça que sonha.

Pois é. As florestas podem ser ambientes inacreditáveis quando dizem respeito à imaginação dos cabelos, ou melhor, da menina. Os animais que habitam a floresta em vermelho não são apenas os piolhos, são multiolhos, e olham para você e para mim também. Cada vez que a gente tenta sonhar, ele aparece e come o seu sonho. Talvez, seja por isso que a menina dos cabelos vermelhos de floresta sonhe tanto, até acordada, ela guarda sonhos não só dela, como os nossos...

domingo, 19 de abril de 2009

Once I was afraid, I was petrified. 'Cause I really got that you're part time lover and a full time friend. What should I do, so?

Ok, chega de pensar e cantar.

.lágrima.

Se a lágrima fosse doce, não cairia na tristeza. Mas também não é amarga, e aí? Faz sentido?

Salgada, vem do mar, 
Do mar de sentimentos. 
Sê alegre, sê triste, sê êxtase
Sem fim.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

.coração vazio.

Quando o coração está vazio, o que você faz? Ela chora, ela ora, ela vê o que não viu nunca. Ela pensa e repensa que poderia ser diferente se tivesse se aberto ao amor. O amor que ela nega conhecer, que ela se nega a conhecer. E por quê? Seria medo? E o medo do desconhecido faz com que ela finja que já o conheceu e, assim, fazer com que ele vá embora pensando que ela não gosta dele.