domingo, 18 de outubro de 2009

.das frases sem sentido.

1. Carimba-me num guarda-chuva. (este eu quero)

*********

2. 
Na tela, sobre sua própria visão;
coloca, ela, pingos em outros que não "i"s. Aos que intrigam
Enlouquecidos em menos de 60segundos
...
....
.....
......
.......
........
param as imagens.

continua a série: visita ao Masp, uma resposta aos artistas (14.out)

.haute tension.

Dípticos, duplicatas
cada dupla de si mesmo gera uma tensão inaceitável
Ao interior de uma pessoa frágil, ela morre em fotografias
que lhe rouba o espírito
já desalmado pela falta de coragem.

Da série: visita ao Masp, uma repsosta aos artistas.

.conversa com vera, de um lado só.

Ele era um nadador
quase nu e despelado
________com medo de se jogar na piscina
de cimento
que você fotografou
em 80 imagens.

Gosto só cm bolhas.

.instalação.

Instalaram as mulheres,
talharam-nas mármore
Branca e ávida por suaves
Flores em blocos de luz
Impressionismos à parte,
me parecem lápides,
as mulheres.

.dones de la vida.

Seus nomes,
mulheres.
perdiam o sentido em fatias de pizza.

Pedaços,
extremos


con
____sumiram-           nas

.mais um pensamento sem título.

Picotou palavras no ar. E aquelas que conseguiu colar em seu caderno, tornaram-se ilegíveis a olho nu de emoção.

.dada.

Pensou azul, era preto. E as pernas doíam como se nunca tivesse andado. E o museu a corroia. Sangue, lúcido. Lúcifer.

.vazio.

O branco e preto, sem vida e não morte. Nunca morre, sem nuances e, quando se torna cinza, perdeu o encanto.

.(des)cor.

Causou arrepios, o som distante
trazido sem emoção. E ecoaram vozes
Do além que discorreram sobre a imagem, o falso, a cópia.
E tudo se tornou preto e branco.

Da série: visita ao Masp, uma resposta aos artistas (14.out).

sábado, 17 de outubro de 2009

.o que restou da passagem do anjo.

Disforme, o rosto posou, pálido
A foto em desfoque contou
as batidas que deram as asas,
Do anjo morto.


.da série: visita ao masp, uma resposta aos artistas.

sábado, 10 de outubro de 2009

. .


"Estou começando a sentir a solidão", falaram no filme. E fiquei tocada, pois há dias cultivo esse sentimento. E agora?

.até me ensinou a dançar.

Devagar, as mãos entrelaçadas fizeram amor. E a respiração ofegante dela, ao meu ouvido, fez estremecer. Tocou a música, distante, que passava por entre as frestas da parede de material duvidoso, e assim, demos o primeiro passo de nossa dança cambaleante.

Eu não sabia dançar, continuo sem saber. Mas ela, como um bom par, me guiou. Surgiram passos, respiros e laços. E os corpos suados pediam um ao outro. Entre laços e entre linhas, entre os passos meus e dela, soava, em tom menor, a música que nos fez filme.

O que eu era naquela época, não sou mais. E ela me ensinou a dançar naquela noite.

*foto: yuri pinheiro (ou guilérmi guigoline)

.minha personagem principal.


Ela me dizia que a história não se fazia por contos e contas, nem palavras. A história não importava desde que ela fosse a personagem principal*. E assim, a música passou, sem que ela dançasse para mim. Ficou quase imóvel, como se pensasse o tempo, viveu num tempo qualquer no meio dos segundos preciosos que passaram sem que me notasse. E eu tentava roubar-lhe a atenção, mas ela me repetiu que "a história não importava desde que ELA fosse a personagem principal", e eu continuei tentando expor o MEU ponto de vista. E a única coisa que me sobrou daqueles instantes, foi uma breve impressão da suavidade com que o ar saía por sua boca entreaberta, enquanto ela se fazia estática, apenas me vendo sofrer.


*2046, won kar wai.
**foto: yuri pinheiro (ou guilérmi guigoline)


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

.dança das flores.


Faz tempo que não dançam, as flores. Junto com sorrisos, amores. Viraram nuvens, cúmulus nimbus que o vento não dispersa, não dança, desencanta. E, de modo frio e calculista, separa, fio a fio, por pedra, duro. Sem charme e sem cor, não que isso seja inseparável,

Por vírgulas indiscretas, ele trava. As palavras, cala. E as flores não dançam, estão paradas, estupefatas, perdendo cores. Sem ritmo, num rito de passagem mais lenta que um segundo; as flores não dançam, faz tempo.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

.cometas.


Nós sabíamos que éramos cometas. Sentidos diversos e rápida passagem. Por vias, vidas e sensações de perdão. Perdidos, os caminhos se cruzaram e saíram entrelinhas, sem nós, des-atados. E foram momentos, ainda que breves, felizes. E foram memórias, um dia esquecidas, de risos. So-risos, só risos, e ele e eu. E passamos desapercebidos na humanidade, mas presentes. Nos fazendo humanos, amor. E passou antes que pudéssemos perceber e sentir falta, como cometas que somos.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

.ai, pronto.

Teoricamente, ainda não começamos o dia, mas ele começa sem mim. E começou sem mim um dia que parece que eu pretendia que não começasse nunca. Por que não temos mais direito a 8 horas de sono, pelo menos?

terça-feira, 4 de agosto de 2009

.o nada e a morte --- vazio.

Me apego a idéias fáceis, quando, por um segundo, olho para o lado e percebo como sou boba. Que critiquem os ideais alheios, dobrem-lhe as páginas de memórias scaneadas erroneamente, por metades descritas como verdades. E quando olhares ao fundo, profundo de seus olhos, o brilho deles estará quase a apagar, pagando-lhe a vida, apagando-lhe com a morte. Sem mais delongas, ela estará ensacada, num manto preto plástico, sem plásticas visuais. E percebo, como também perceberás, o quanto correm os momentos e quãos vis eles foram, apesar de intensos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

.despedida.

e a menina continua. tenta manter o ritmo. já está com pensamentos soturnos. está triste. cansou. ela continua. o tempo continua. ela pára, mas o tempo não. temo. ela sabe. ele também. por quê? e agora? vão-se ruínas. adeus.

.linha do tempo.

Cada qual se salva da maneira que pode, dentro do mar, dentro da vida. E a vida passa como se passassem os dias, mas com mais rapidez. E quando vê, a tua vida passou e a diferença que você fez ao mundo é quase nenhuma. E a diferença que você fez a poucos é enorme.

Pensando a respeito dos amigos - ok, pode parecer atrasado o pensamento do amigo, uma vez que o nomeado dia do amigo passou faz mais de dez dias, mas entenda minha situação: o tempo escorre por entre os dedos como se fossem menores que grãos de areia, pois os grãos, pelo menos, ficam grudados, alguns, na palma da mão, e em seu dorso também; e eu finjo correr contra o tempo, apesar de ele se dizer um dos meus melhores amigos, enfim... estendi-me demais entre parênteses e a linha de pensamento me fugiu, como foge o tempo, às vezes.

Retomo o pensamento nos amigos. Alguns até que encontrei hoje e acredito que encontrarei por várias vezes até o rugir das rugas, até eu fazer, de repente, meus 50 anos (porque farei os 22 até não poder mais mentir a idade ao cansaço). Aos amigos que tenho, eu dedico sorrisos e mantenho-os até cansar. E sei que manteremos juntos, também com lágrimas, até as nossas linhas do destino desistirem de ficar na palma das nossas mãos. E as mãos que serão unidas, atadas em laços e memórias, reconhecidas por entre os vincos do tempo...

E o tempo passará e ninguém vai notar a diferença que fez ao mundo, mas um ao outro, sim. E o mundo continuará rodando como se nada acontecesse. E os anos passarão. E os dias passarão, como passam ainda hoje. E, quando tivermos tempo de olhar para trás, olhinhos marejados e enrugados vão convergir, ao mesmo ponto; tal ponto, ponto de partida, amigo.. tempo.


segunda-feira, 6 de julho de 2009

.blog da lud.

Sabe a Lud? Ela tem blog também!

Não sabe quem é Lud? Tá curioso(a)? Vê o blog e assiste a MTV!

Estréia (acho que não tem mais acento, mas eu sou old school... iéeee) dia 14, às 23h30!


.diário de bordo.

Sabe aqueles dias que você tem certeza de que não deveria ter saído de casa? Quando parece que a nuvenzinha de chuva tá te seguindo o dia todo e você vestida de branco sem sutiã? E quando vê, tá desaguando mais que cachoeira, no caso, um monte de lágrima presa por vários dias, meses e até anos? Dá vontade de gritar e ficar bem sozinha, bem quietinha, sem ninguém por perto... Mas aí, alguém vem, te abraça e você abre um sorriso, primeiro só por educação, depois vira sincero porque você sabe que está rodeada por amigos.

Às vezes, uma não-palavra engana tanto a cabeça que o coração pesa junto!

domingo, 28 de junho de 2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

.meditação de começo de dia.

Respire fundo. Mentalize o azul. Feche os olhos. respire fundo mais uma vez. Tire o telefone de perto de ti. Mantenha os pensamentos que acabaram por começar a rodear sua cabeça longe; longe mesmo. Não pense mais na ligação que acabou de receber, por mais que saiba que durante o dia ela se repetirá muitas vezes. Respire fundo novamente. Comece o dia com o sorriso no rosto e sem o buraco no estômago causado pela gastrite nervosa que você sabe bem qual é a causa. Respire.

domingo, 21 de junho de 2009

.o fim.

Se o olhar bastasse, por que a existência das bocas, dos beijos e das mãos?

Caíram na noite. Dançaram até o dia amanhecer. E ela foi embora. E ele foi embora. Mas os olhares ficaram no pensamento que acabou com a manhã de sono preguiçoso.

Tinham se entendido bem, por não-palavras, por não-toques, por encontros com o acaso. 

E foi assim que terminou.

.pronto, falei!.

Tabelas, tabelas, tabelas... meios de organização dentro da desordem dessa vida louca que a gente tenta levar. Uma pergunta: precisa ser na manhã de domingo?

Não que minha chefa tenha mandado fazê-las, comecei bem por vontade própria. Depois de um tempo que chega o pensamento: "Caraca! Acho que eu sou doida! Domingão de sol lá fora... É dia de sorvete!". Mas, tarefa começada deve ser terminada logo.

Portanto, de volta ao trabalho!

E quando me vêem os meus amigos, logo dizem "workaholic".

sexta-feira, 19 de junho de 2009

.as lembranças do meu amor, num futuro distante.

Dispôs à mesa o desejo interior de fazê-lo para sempre. Há tempos, perdido, reencontro se negava àqueles que um dia foram jovens, que um dia foram belos, que um dia foram elos de um amor inseparável. E o tempo que tudo esgota, fez-lhes escorrer a paciência por entre os dedos já senis de olhar melancólico e dolorido de juntas estaladas.

Para selar o pacto, num dia ensolarado, tomado, beijaram-se-lhes as faces: ela a dele e ele a dela sob o sol, como se fosse a primeira vez a olhos vistos, nus, assim, seus corpos envergonhados. Não por não serem belos, mas por esquecimentos que a idade trouxera, ou levara. E encolheram-se os músculos, um por um, em forma de feto. E uniram-se como yin e yang. E amaram-se ali mesmo, sob o sol, anos depois do reconhecimento de um tal amor eterno esquecido nas páginas amareladas da lembrança desfalecida de ambos.

.(des)feito à separação.

Sem sentido ou direção
Seus sentidos desaparecem
Desapercebidos, você distraído
Te traem aqueles mais próximos,
ou melhor, aquele mais próximo:
Você mesmo.

E daí, esvaem-se pensamentos
esses meus que te carregam
Esses teus que me carregaram
e eu voei pra perto
enquanto você distanciava.

Foi-se o tempo
em que mãos dadas significavam
algo a não ser perdido
Pois agora, perdem-se
mesmo unidos.

Sem querer
por um fio
no vento
eu.

Para ti.

.som e fúria.


Sempre imaginei como seria trabalhar com o Fernando Meirelles. Será que ele seria aquele diretor arrogante que vemos retratados em filmes americanos? Será que ele é cheio das milhões de frescuras? Será que ele não suporta os novatos?

Quando me chamaram pra entrar, já tinham rodado bastante coisa. E posso dizer: o cara é GÊNIO DA LÂMPADA! (se é que posso escrever assim... sei lá se as novas regras de acentuação mantém nessas palavras seus acentos tão queridos..)

Enfim... Ainda hoje quando lembro das gravações do ano passado, eu fico emocionada com a simplicidade e simpatia de toda a família. E quem um dia já era ídolo, virou sei lá o que!
Não tô aqui pra falar de como ele é incrível, não. JU-RO! Vejam:

Som e fúria: estréia na GLOBO, dia 07 de julho... depois da novela (talvez depois do Casseta e Planeta). É tarde, mas vai ser inacrê!
bjobjooo

.descolados.



A próxima série da MTV, a primeira ficção incrível da MTV: DESCOLADOS! 3 jovens que saem da cola dos pais para viverem uma vida nova. Eu sei que você vai gostar, baby! E nem é porque eu participo, hein! (não na frente, atrás das câmeras!)


Dia 14 de julho... 3ªs às 23h30, domingo às 23h... Só na MTV! (me senti num programa de vendas!)

.você sente?.

Sorria bobamente como em uma foto 3x4
Sentia o clamar do sorriso bobo
Por aqueles que esqueciam de olhar
através das câmeras,
em seu interior


E ela passou a impressão
falsa da sem alegria.

sábado, 13 de junho de 2009

.brutalidade desse teu sorriso.

Amanhece no teu seio
a quase certeza
do hoje que virá
Em um dia nada perfeito
sem cores nem flores
em cortes secos
E você a sorrir.
Quando o um atrai o outro e ninguém faz nada. Chamamos covardia?

.re-latório.

Por horas, ficou ela com a escova de dentes na boca. A pasta de menta ia corroendo suas papilas gustativas, uma das poucas recordações das aulas de ciência do ensino fundamental. E com isso rememórias passeavam por sua vista cansada, embaçada por suas lentes de contato que passavam da validade.

Já era hora de estar na cama, debaixo dos lençóis e cobertas que descobriam suas intimidades. Mas a hora não passava e ela ansiava por mais um momento de criação. E, sem querer que passasse mais um dia em branco, escreveu e reescreveu memórias que um dia não farão mais sentido. Nem a ela, nem a ninguém.

E quando reler os dias cansados, os dias trabalhados, os dias brancos, ela vai querer voltar no tempo.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Se mão fria é coração quente, como eu sinto meu peito congelar hoje também?

.à tua e minha. distantes.

Amanheceu a ilusão do dia passado. Na rua, o fog comum de paisagem urbana. Pedestres em tons de negros e negros desbotados, ainda desaboatoados, desmontavam as poses da noite gelada.

O frio tomou conta. E o medo escorreu pelos bueiros como ratos que fugem da luz do dia.

A maquiagem borrada mostrava que a noite rendera prazeres. E ela, sem ele. E ele, sem ela. Caminhavam, distantes, a um fio, ou meio, meio-fio de olhares cabisbaixos.

.poema dela.

Sob os olhos da lua cheia,
o vento frio fez marear
a imagem da distância
e o corpo nu de menina-moça
torneou-se com belas curvas de saudade.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

.receita de uma paixonite quase adolecente.

Ingredientes:
Imagine amigos, pense confissões, sinta carinho.

Modo de preparo:
Some tudo isso. Adicione uma pitada de química. Troque olhares. Mãos que falam por si. Coloque um pouco de abraços longos antes de ir ao forno numa noite fria.

Ai!

.questionário.

Uma vez ela escreveu: "Caso você não me conheça, quando me vir na rua, passe reto". Ficou pensando em que pensava na época, por que tanto constrangimento...

Quando se escreve e não se envia, quando não se termina uma frase, ela morre dentro de você ou ela permanece e outro dia sai, como se fosse um sentimento inédito? Ficou a dúvida.

.re-amor.

E no sonho, eles se encontraram na esquina da Augusta com a Paulista. Os olhares se intercalavam entre perdidos, alegres e regressos. E a confiança ausente por tempos, cismava em reaparecer, ainda bem!

Foi um abraço apertado e longo, que protegia ambos do frio daquela São Paulo acolhedora em seus sons e poucas imagens sem cor. É, a visão de um sonho pode não ter sentido para os olhos dos que já esqueceram como se sonha...

E o beijo demorou a vir, pois já não sabiam os desavisados que a distância acaba sim com um amor. Dizem que o amor dura, se é verdadeiro. Ela descobriu que o amor dura, se é junto e conjunto. Mas também disse que podemos reencontrar um amor antigo quando fechamos os olhos e sonhamos.

Ela fez assim, e sentiu uma pequena alegria.
Hoje sonhei que fazia uma inseminação artificial de tudo quanto é tipo de verme na minha boca. Acordei com o estômago embrulhado.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

.a ele e a mim.

Conflitos internos que disparam e nunca param de aparecer. Você chega e eles ficam e mudam. Quando acha que desaparecem, reaparecem de forma nova e completa. Sem discrição, tomam sua mente, e eu sou mais uma atordoada no mundo. Será que você também me entende?

Lua nova, a novidade é que não somos mais os mesmos, mesmo você acreditando que nunca mudaremos, pois sim, seremos, sempre os mesmos amantes que outrora encontramos à disposição. Dispostos em uma cama de hotel, largados ao léu, ou ao dispor de uma sessão de amores e prazeres fugazes, que fazem falta.

E quanta falta fazem, os dias de acordar com braços envoltos, fortes e protetores que jamais serão os meus, esses seus. Isso porque não queremos, nem você nem eu, esse sentimento do pertencer. Pois pertencer não basta quando se trata de nós.

Compostos por opostos, nos dispusemos a ser apenas isto, e por completo, sempre. Será que somos um do outro ao menos quando ficamos juntos, sendo os corpos separados? Será que fomos os mesmos que se pregaram no mural da memória da minha mente, ou será que ela mente a mim?

Quero que seja a minha resposta sincera; quero que seja a resposta única, a sair de sua boca, para a minha, sem palavras disconexas; quero você em mim e, quem sabe, eu em você, naquela noite e só.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

.crescendo.

Se viu pequena, miúda, quase inexistente. Doía a ideia de crescer, porque parecia que não havia o que crescer naquela pouca quantidade de massa humana. E olha que eu nem estou falando da Macabéa da Clarice, porque ela já era adulta quando a conheci. Falo de uma menina que eu vi crescer assim, de repente. Não vou contar que ela cresceu e se tornou uma super-mulher, não. Só queria contar a impressão que eu tinha quando via seu corpo miúdo. E é só esse fato mesmo.

Voltando: e sua dor era interminável, a ponto de ela não conseguir dormir durante as noites quentes e permanecer ainda mias acordada durante as noites frias. Ela não dizia ser insônia, pois não se fazia doente jamais. Era apenas a dor de crescer. Foi aí que rolou-lhe uma lágrima pelo rosto. E ela sorriu, tensa.

.nas suas cores.

Aquelas unhas tingidas de vermelho não enganavam a ninguém. Ela apostava que poderia ser mulher, mas seus atos a entregavam. Era apenas uma menina, quase mulher, pseudo-mulher que tentava enganar. Mas foi enganando a si que um dia viu que já não era mais a menininha do papai. Ela cresceu, viu seu sorriso e lá está.

domingo, 26 de abril de 2009

.como outra qualquer.

Mais uma como outra qualquer. Dessa forma a garota resolveu se classificar e ficar. Dessa forma, não incomodava, não fazia, não era. Simplesmente o conformismo a fez ser nada e ela se desmaterializou da história, inclusive da sua própria história que, por curiosidade, eu poderia tentar encontrar e contar. Pena que hoje, a curiosidade matou o gato e eu não estou tão a fim de morrer...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

.um des-romanceamento.

Queria escrever como algum romancista incrível. Talvez não um romance, por não ser a pessoa certa a esse tipo de escrita, talvez fosse uma história de aventura. Uma aventura pelas florestas encantadas dos cabelos de fogo da menina-moça que sonha.

Pois é. As florestas podem ser ambientes inacreditáveis quando dizem respeito à imaginação dos cabelos, ou melhor, da menina. Os animais que habitam a floresta em vermelho não são apenas os piolhos, são multiolhos, e olham para você e para mim também. Cada vez que a gente tenta sonhar, ele aparece e come o seu sonho. Talvez, seja por isso que a menina dos cabelos vermelhos de floresta sonhe tanto, até acordada, ela guarda sonhos não só dela, como os nossos...

domingo, 19 de abril de 2009

Once I was afraid, I was petrified. 'Cause I really got that you're part time lover and a full time friend. What should I do, so?

Ok, chega de pensar e cantar.

.lágrima.

Se a lágrima fosse doce, não cairia na tristeza. Mas também não é amarga, e aí? Faz sentido?

Salgada, vem do mar, 
Do mar de sentimentos. 
Sê alegre, sê triste, sê êxtase
Sem fim.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

.coração vazio.

Quando o coração está vazio, o que você faz? Ela chora, ela ora, ela vê o que não viu nunca. Ela pensa e repensa que poderia ser diferente se tivesse se aberto ao amor. O amor que ela nega conhecer, que ela se nega a conhecer. E por quê? Seria medo? E o medo do desconhecido faz com que ela finja que já o conheceu e, assim, fazer com que ele vá embora pensando que ela não gosta dele.

quarta-feira, 18 de março de 2009

.o bolo quente.

Agora, toda semana, tem bolo caseiro em casa. Diet, mas bolo. Eu gosto, nem sinto diferença. O bolo é diet porque meu pai é diabético, e não porque eu acho que tô gordinha e preciso emagrecer não, tá? Não que essa seja alguma informação importante ou que todos precisem saber. Não é nada de valor, só é um presente que toda semana minha mãe dá pro meu pai.
Acho bem bonita essa dedicação que ela tem com ele há tanto tempo. Esse ano vai fazer 28 anos que eles estão casados; 38 que estão juntos (namorando, noivando e casando e vivendo essa vidinha de família). Só de pensar eu canso. Acho que ainda não sei o que é o amor. Não esse amor eterno que dura e dura e dura de verdade. Meus "enquanto dure" são tão inconstantes que terminam antes de eu poder falar "que seja eterno enquanto dure", antes mesmo que o bolo não esteja mais quente.

terça-feira, 17 de março de 2009

.aquela conversa.

Ele me contou sobre o amor. Era um dia qualquer e ele realmente acreditava no que dizia. Falou que era como se as coisas começassem a existir de verdade, como se a vida fluísse pelo seu corpo e tudo o fazia estremecer pelo simples fato de estar ali. E eu posso te dizer que era amor, não era só paixão, como já vi muitas pessoas definirem.

Eu não sei redefinir, nem mostrar a veracidade com que as palavras dele me tocaram. Só sei que queria sentir isso também.


segunda-feira, 16 de março de 2009

.demorou, mas o tal do meme chegou!.

Falta de tempo, falta de paciência, momento de reclusão, tudo isso veio junto e misturou com uma preguicinha, provável consequência (ai, sem minha querida trema) do inferno astral. Passou o tempo, passaram meses, talvez... Eis que lembro de uma certa postagem, na verdade, comentário que sugere resposta.

Ok, não precisei bem procurar no Google, já que a Tata, xuxu, fez isso antes e, ao ler seu post, ficou um esclarecimento meio obscuro, meio estranho na minha cabeça.. Não sei bem se entendi.. Nem sei se vou saber quem indicar pra receber esse meme.. mas bora lá:

Vou fazer um ctrl c + ctrl v no post, tá? Com tooodo respeito! A partir da definição do Wikipedia: "Um meme, termo cunhado em 1976 por Richard Dawkins no seu bestseller controverso 'O gene egoísta', é para a memória o análogo do gene na genética, a sua unidade mínima"

Desisti de copiar todo o texto... =P

"[...] o meme é considerado uma unidade de evolução cultural que pode de alguma forma propagar-se"

Sendo assim... Como a evolução cultural pode ser medida em unidades? E qual a maneira de multiplicar essas unidades se tudo vezes 1 é igual a ele mesmo? Somemos unidades, portanto. Apesar de eu ainda não saber de que unidade estamos falando... quem sabe um dia eu não leio esse tal 'O gene egoísta', até pra me entender melhor, e explico por aqui... Enquanto isso.. a gente fica com as explicações dos outros mesmo, né? Que tal?

Alguém falou pra Tata que o meme é uma cópia de alguma coisa que você gostou do outro e, por isso, você copiou e passou pra frente. Ok, acho que fiz um meme do Wikipedia. Há!

Seguem as regras do jogo (será que o meme é um jogo?):

1. Dizer 9 coisas aleatórias a seu respeito, não importando a relevância.
2. Seis devem ser verdades, três, mentiras.
3. Quem receber o meme deverá postar nas suas respostas as três mentiras do blogueiro que repassou.
4. Quem indicou revela depois (ou não).
5. Não há regras específicas para a quantidade de blogueiros.

Bora? Seguem minhas afirmações inacreditáveis! haha Como vocês vão saber muito sobre mim agoraa! Me-do!

1. Esse blog começou porque eu enjoei do meu antigo.
2. Não sabia que nome dar a ele, mas a situação e a lembrança de um coração partido fizeram as circunstâncias.
3. Meu sonho de infância era ser mãe de 16 filhos.
4. Estou apaixonada por alguém.
5. Quero, desesperadamente, um novo filme.
6. Ultimamente, gosto mais das bruxas do que das princesas.
7. Já sei quem eu sou, o que quero, com certeza.
8. Estou tentando juntar dinheiro esse ano para poder realizar sonhos de viagens: Paris e Grécia.
9. Sou carente e não admito muitas vezes isso, principalmente para os amigos.

Agora... as mentiras da Tammíris! Acho que vai ser fácil! hahahaha

2. Trabalhei em banco - tipo funcionária concursada - antes de entrar definitivamente na área de RTV (eu acho que você trabalhava num negócio de advogado, não?)

4. Cursei um semestre de Psicologia na PUC. Vi que aquilo não era pra mim, desisti e prestei RTV na Cásper (ai.. acho que você entrou direto do colégio... Você não é supernovinha, xuxu???)

9. Vou ganhar um Oscar (não que eu duvide das suas capacidades, mas imagino tanto você numa coisa muito mais engajada que Oscar® que não sei se é um sonho seu.. =])

Bom... minha vez agora? Memes para:

Carol (pois é.. conheço várias Caróis fofas!)
Adelinda (apesar de eu achar que ela nem vai responder)
Djessy (que o blog dela não tá linkado, e agora eu não lembro o blog dela.. haha)

bjobjoooo.. já fui longe demais!






 
Passado um tempo, as coisas que a gente era acostumado a ver e até a ter, não são mais novidade. E aí é a hora que você se acostuma ou diz que cansou...

Eu quase sempre canso das coisas. Confesso que muitas vezes canso das pessoas. E eu preciso sair, me isolar e fingir que nada no mundo existe ou acontece. É assim que eu sou,não me culpe nem me julgue. Eu preciso de espaço. Parece egoísta, é egoísta, mas esse espaço é um momento de respiro, um retiro, um suspiro fora da realidade.

Eu continuo nesse momento, ok?

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Aquela sensação de todo dia, de quando você não acorda atrasado e pode se espreguiçar. É bom, mas cansa. E foi assim que ela se sentiu quando o telefone parou de tocar e quando já não conseguia mais sair de casa.