sábado, 31 de dezembro de 2011

.o último do ano.

2011 se despede e chora, porque vai deixar saudade. Mas chora, chove e limpa, para abrir caminho para um 2012 ainda melhor, todo cheio de boas energias e aberto para todo e qualquer sentimento bom que queira se aproximar.

2012, chega molhado, limpo e abençoado pelas águas. Bem-vindo, bebê lindo que chora para avisar que chegou. Venha alegria, venha amor, chegue e fique bem à vontade.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

.2012, as promessas.

Ainda não sei bem o que desejo pra 2012, sei que desejo que seja, pelo menos 2011 + 1. Escrevendo o texto, não saia "desejo", apenas "desenho". Então, desenho 2012, com amor para todos nós.

.se o ano acaba, acaba a saudade também?.


Era uma vez, 2011, o ano do amor. Ele nasceu meio despretensioso, desapegado, coisa comum hoje em dia. Certa manhã, o sol se escondeu, virou noite, o vento uivou. Foi como se um pedido tivesse feito para a Fada Azul, e o boneco virou menino de verdade. Assim, nasceu o amor e o 2011.

Sem pedir licença, sem nenhuma cerimônia, o menino se instalou. Fez-se gente e cresceu. As coisas pareciam tomar outros lugares, lugares que não estavam marcados para elas. Virou uma bagunça, mas a felicidade se mantinha intacta. E tudo o que parecia errado era certo, de repente.

A vida passa e os olhos se mantém brilhantes, o coração acelerado em taquicardia ritmada, o suor escorre pela pele como fosse uma lágrima de alegria. A mão entrelaça o vazio, que cheio de amor, energiza o pensamento. E ele está ao lado dela mesmo não estando perto.

2011 se sente sozinho, pois como poderia o ano do amor ser um só? Ele que une, fica como um? O ano do amor tem que ser ao menos 2, portanto, bem-vindo 2012, o 2.o ano do amor. Chegue logo, chegue junto e fique à vontade.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

.adeus, ano velho.

(tontinha no barco em arraial)

2011 foi o ano do amor. Foi isso que eu coloquei na minha cabeça e, quer saber?!, deu SUPERCERTO!

Redescobri o amor, indo a Portugal. A distância e o destino não deixaram dar certo, mas logo depois, veio (pra ficar) o amor da minha vida. E o finzinho do ano não podia deixar de ser com ele (mesmo não sendo o 31). E, apesar das discussões infindáveis, foram dias incríveis.

Quando, de repente, a gente atravessa uma sacada, o amor te pega e não larga mais. ;) E venha 2012, completo, amado, amando sempre!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

.preciso.

Quando percebi, estava feliz. Quando percebi, estava triste porque ele não estava aqui. O que é essa necessidade que temos das pessoas ficarem por perto?

Agora eu sei ficar longe, agora eu te quero perto. E as idas e vindas levam, enquanto ele volta. Eu sei que não somos um, mas os dois não vivem sós. Juntos. Eles. Dois.

Um segundo em silêncio, um sorriso perambula e tilinta. Por um olhar que não se vê, a distância percorre sem saber, os dois. Corações.

Suspiro. Toc-toc. Chegou. Preciso. Em ponto.

domingo, 11 de dezembro de 2011

.querido desconhecido.

De repente, a gente encontra e se perde num mar de felicidade. De repente, a gente olha em volta e se sente perdido. De repente, a gente sorri e se acalma. De repente, tudo mudou.

Querido desconhecido que ilumina os olhos, obrigada. Se não fosse você seria metade do ano ainda, metade da vida e, por mais que eu ficasse menos confusa, seria menos diversão. Querido desconhecido que faz a boca ficar seca e o coração apavorado, por favor, fique.

E, num tempo em que ninguém se conhece e nem se cumprimenta, eu te dou um beijo e fecho os olhos.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

.bolhas de grito.

A ansiedade lhe tomava o peito. Era como se estivesse debaixo d'água, e os gritos lhe saíam em bolhas de ar que explodiam quando vinham à tona. Mas quem poderia escutar e compreender aqueles gritos? Eram um chamado sem rosto, sem fala, sem nada, um chamado sem endereço, a galopar. Seria mesmo incompreensível aquilo tudo, loucura?

terça-feira, 28 de junho de 2011

.ela queria a lua e o amor.

(imagem: shirley kite)

Ela queria a Lua e o amor.

Olhava para o alto, fechava os olhos, juntava as palmas das mãos e pedia ao papai do céu por aquela bola bonita, tão brilhante lá do alto. Ela queria brincar com a luz, com os desenhos quase não aparentes. Queria desenhar um sorriso na Lua quando ela ficava cheia e bochechuda. Sonhava acordada e não dormia enquanto estava lá a sua amiga, sobre as copas das árvores.

A menina olhava, com olhos que pareciam pequenos holofotes, a distância. Imaginava o que existiria lá longe e, um dia, concluiu que longe estaria o amor. Então, na mesma fé com que pedia a Lua, pedia o amor e adormecia sob as copas, os corações do baralho que tentavam confundir seu desejo intenso da Lua e do amor.

domingo, 26 de junho de 2011

.corações.


(imagem J. Borges com interferências de Frederico Marzola)

Coração de menina se apaixona, se fascina. Fácil assim. Coração de moça, em desatino, foge de si e deixa outros pelo caminho. Coração de mulher, parece formado, mas às vezes retoma seu posto inicial de coração de menina, e fascina-se por outro coração incomum.

Aí, é pura historia de amor.

.geraldo.

Geraldo era um andarilho, andava sem rumo e sem tino. Certo dia, olhou para o alto e viu que uma nuvem o seguia. Não era nuvem de terror, daquelas cinzentas que não param de chover, era nuvem branquinha, nuvem de algodão, que dá vontade de comer.

Geraldo decidiu, então, olhar para o alto mais vezes, ser seguido por uma nuvem doce, era ideia apetecente. Criou coragem e decidiu voar. Pegou balões e encheu-os a plenos pulmões. Encheu um, dois, três, até se cansar. Dormiu e esqueceu-se dos balões.

Ao acordar, Geraldo viu, seus balões a conversar. Conversavam e versavam com a Lua, pois a nuvem dormia, e tinha ficado para trás.

Geraldo entristeceu, pois não tinha mais companhia constante, mas logo adormeceu de novo e continuou andarilho errante.

domingo, 12 de junho de 2011

.funghi secchi.

Já era tempo de mudar a sorte e virar a página. E foi de surpresa que vi tudo isso. Como um presente, me disseram que esses cogumelos, em antigas religiões indo-europeias, eram símbolo de boa sorte. E eu sorri, pra eles e pra mim mesma.

domingo, 22 de maio de 2011

.age of acquarius.

"Venha de novo, deitar-se no meu colo, que eu te embalo."; "Venha cá, cuide de mim, que eu preciso, agora, por favor." Tudo o que ela precisava era de um abraço, mas sem contatos, porque ela se protegeu de vez, num aquário, um vidro límpido, num quase laço. Via tudo, sentia pouco, pra viver.

domingo, 17 de abril de 2011

.felicidade.

Este, escrevi faz tempo, sob um pseudônimo, num blog que criei pra uma personagem de um curta, chama cor-de-nuvem. Que cor tem uma nuvem? Hoje, a minha tá cinza-chumbo, e ela chora.

"Que tipo de mudanças se fazem necessárias para alcançar a felicidade completa e verdadeira? Seria possível ir além, ou melhor, até um passado quase distante para recomeçar e trazer as mudanças reais para cá? Eu queria voltar para onde eu já não lembro mais, pra algum lugar em que eu ficasse protegida."

.como é.


Não foi surpresa, pra nenhum dos lados. O que foi bom e ruim. E sim, talvez tenha sido a melhor coisa do ano, a melhor dos últimos anos. E ao mesmo tempo, a pior escolha feita. Não tem como ser fácil nada, não é? E eu vou tentar parar de pensar, parar de chorar, parar de sentir. Sei que é algo impossível, que só o tempo vai tratar de curar e, com certeza, vai ter desistência e vai demorar mais ainda, o reencontro. E talvez, no fim, quando os olhos se cruzarem, e os corações derem uma mini-palpitada, pode ser que o tempo tenha passado, mas pode ser que não. Eu não conheço o futuro, não posso ficar vivendo o passado, tampouco. Mas não quero só lacrimejar no presente... Cuida de mim.

sábado, 16 de abril de 2011

.talk to me.

(draw by valentina ramos)

Todos os dias eu acordo pensando se é isso mesmo o que eu quero. Esse negócio de relacionamento à distância é uma coisa inexplicável e, pra mim, ainda sem sentido, por mais que eu esteja vivendo isso. Conversando com as pessoas, a gente vê que ter um relacionamento é legal, e que ele passa por diversas fases, MAS, as pessoas podem vivê-lo diariamente. Isso, é algo que não podemos dizer de um namoro à distância.

Pois é. Num relacionamento, depois de passar aquela paixão fulminante, chega a rotina. Ok, chegou a rotina, mas e a parte boa? E as conversas deitados um ao lado do outro, as pequenas implicâncias do dia-a-dia, o sexo e até mesmo as discussões? À distância, acho que todos nós tentamos esquecer as implicâncias e as discussões, porque, afinal, já tá distante... ainda vai brigar?

Mas, vem a parte chata, conformada, rotineira. As ligações começam a ser mais escassas, as mensagens já não falam mais de amor, e tudo cai na rotina. Ai, que saco que é isso. Sinceramente, não sei se eu nasci pra ter distância... e nem rotina.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

.pílulas de tempo.


Gosto de palavras bonitas e sentimentos sinceros, mesmo que efêmeros. Gosto de olhares, de palmas que se tocam, de beijos dados e do friozinho na barriga que antecede o primeiro beijo. Gosto de pensar no futuro, fazer planos e sonhar, mesmo que seja por dois dias e depois acabar. No fundo, gosto de sofrer, se for por amor. E eu sou uma romântica incorrigivel, mas tento controlar o incontrolável. E, em geral, consigo... quase tudo o que quero. Em pequenas pílulas de momentos inesquecíveis, vivo.

domingo, 10 de abril de 2011

.nem a lua é bonita sempre.

Nada fica igual, nunca. E esta era uma lição a ser aprendida desde criança, e NUNCA esquecida. Mas, passa o tempo e a gente finge que não muda, quando se dá conta, passou. E acontece a mesma coisa com tudo. E quando você olha pra cima, à noite, percebe que às vezes a lua não está lá, não é mais brilhante, não se preenche mais. E vem um momento de trsiteza e abandono, e seu coração fica vazio, e você chora sem perceber. Tudo muda, e nem a lua é bonita sempre.

sábado, 2 de abril de 2011

.as bolhas de sabão.


Minha cabeça de esgota em pensamentos distantes. Cria expectativas e eu alço vôo pra lugar nenhum, apenas vou pra longe, em algum lugar escondido, onde eu não possa mais te ver. Porque dói. E eu não quero estar longe, e não adianta, porque não consigo estar perto. E parece que a vontade e a saudade que existiram, começam a se dissipar em outro canto. E eu não consigo retomar os pedaços, eles escorrem, estouram como frágeis bolhinhas de sabão, inatingíveis.

.entrando na batalha.

Prepare-se para entrar numa batalha acirrada com outra pessoa em prol de uma conquista, Bella. É possível que alguém se interponha entre você e algo (ou alguém) muito desejado e você terá que ter muita paciência e atenção para não lhe passarem para trás. Você sofrerá um grande teste de autoconfiança em breve: o quanto você se dispõe a continuar lutando por algo que tanto deseja? De certa forma, este desafio que ocorrerá tem uma utilidade, que é a de lhe deixar alerta e não se acomodar. Os inimigos têm este valor: o de nos manterem em estado de atenção! Pode ser um processo irritante, mas será necessário e ao menos você não se deixará levar pela preguiça, pois a ameaça tem este poder de nos “tirar da preguiça da cama”.

domingo, 27 de março de 2011

.l'illusionniste.

Se tudo o que eu quisesse viesse como mágica, o mundo seria lindo. Se tudo fosse como ele queria, talvez não. Um homem solitário, inconsistente, quase infeliz, se não fosse pela indiferença de sua vida. Tudo se transforma. O amor, um amor de criança, de pai, um brilho nos olhos, com a crença na magia, a menina, a alegria. Ficaram amigos, foram comparsas. Ela, sem saber, se aproveitava da inocencia e da falta de habilidade social dele. Ele, aprendeu a lidar com outro ser humano, e até reconheceu o amor sem enganação. Assim, mostra-se, sem mágica, uma amizade.

.la lengua de las mariposas.

Janelas abertas para a vida, pensou. Viu um sorriso, uma esperança em meio aos gritos de desgraça. Um sonho plantado com carinho. Viu uma pedra se transformar em flor, o ser jogada com vontade. O desejo da liberdade, como se tivessem asas e fossem voar para longe. Ele conseguiu, el maestro, tocou a vida de uma criança, ao menos. E assim, poderia morrer feliz, talvez. Sabe que uma semente plantada no ódio não vinga, já uma amizade, é para sempre, mesmo que se finja não ser, por proteção. E o olhar perdido, desconectado do mundo, o olhar de não-entendimento, mais tarde farão sentido. Pois ele saberá que tudo aquilo que aconteceu não passou de uma tragédia, e de uma mentira vestida de verdade universal. Talvez, quando descobrir isso, ele sinta raiva, mas se lembrará do olhar misericordioso e paciente del maestro. Assim, sorrirá.

sexta-feira, 18 de março de 2011

.o dia do casamento.


Ela chega esbaforida. É uma casa de campo linda, enorme e arejada. Cheira a grama molhada, talvez com um toque de erva cidreira no ar. A casa está cheia de flores. Tem muitos cachorros. Ela olha para os lados, parece estar familiarizada com aquilo tudo. Precisa ir ao toillet, mas todos são muito abertos. Vêm cães, devem ter uns cinco. Percebe que está vestida de noiva. Um cão caramelo, na verdade é fêmea corre atrás dela. Ela encontra um banheiro, deve ser o da mãe, que está num escritorio prevendo os próximos momentos. Ela faz xixi, e a cachorra quer brincar. Ela joga uma bolinha imaginária para a amiga que corre e esbarra nas porcelanas inglesas da mãe, mas, absurdamente, a cachorra tem TOC e decide arrumar todas as xícaras no lugar com a pata, coisa que nem a mãe faz. A mãe pergunta que chá ela vai querer. Aparece com uma caixa, onde se lê cinco opções de sabor. Sede.

quinta-feira, 17 de março de 2011

.meu presente, a saudade.

Não são raras as vezes em que fico feliz com pequenas coisas, pequenos gestos, poucas palavras. Sou uma pessoa simples, e simplesmente complicada, também. Mas quer me fazer feliz, me dê palavras de presente. Não preciso de nada rebuscado, nada irreal; muito pelo contrário, quanto mais simples e verdadeiras as palavras, mais vou gostar, tanto de você quanto delas.

Saudade, por exemplo. Recebi esta de presente, há pouquíssimo tempo. E ela vem sendo presente por vários e seguidos dias. Conseguindo me distanciar do sentimento, de vez em quando, e sorrindo. Mas quero falar do presente, ouvir a saudade, sentir a saudade. E a saudade vira amiga. É uma palavra-poema, um sentimento sincero que preenche um vazio, apesar dela demonstrar um vazio também. Somos dúbias, as duas, talvez por isso, parecidas.

E se tem um silêncio que a completa, incompleta fico. E se demonstra uma falta, preenche-me a alma. Obrigada, saudade, és o meu presente mais bonito.

quarta-feira, 16 de março de 2011

.um sonho estranho.

(image_cecelia webber)

Foi um sonho estranho. Ela não podia vê-lo depois de tanto tempo. E ele tentava incessantemente se comunicar. Ela estava triste e dormia atravessada na cama. Ele tentava lhe dizer para não fazer isso, senão ela ia esquecê-lo logo. Ela não ouvia. Ele ficava triste e desesperado, pobre homem, calvo e vestido num pijama de botões, listrado em azul e branco. Ela não tirava a colcha florida para dormir, como se estivesse deitando num campo florido, indo ao encontro dele. E a falta de comunicação entre os dois se tornou barreira inquebrável, quando os vi.

***
It was a weird dream. She couldn't see him after all. And he tried hardly and hardly to communicate. She was so sad and just slept crossing her bed. He tried to tell her, not doing that, 'cause she would forget him so quickly. She couldn't listen. He started becoming sad and desperate, poor guy, bald and dressed with a striped blue and white pijamas. She couldn't dress off her bed from that flowered lit, it was like lying on a full filled flowered field, where she would find him. And their lack of communication became an unbreakable barrier, when I saw them.

terça-feira, 15 de março de 2011

.onde foi?.



Saiu meio assustado, perdido entre pensamentos, o tal amor. Ele pediu informação e acabou no lugar errado.

.portfolio online.


A menina cresce e trabalha. Trabalha e cresce mais. Aqui, sem querer, saem improvaveis pensamentos, delirios de menina-moça-mulher. , os trabalhos, as realidades vindas de loucuras, às vezes minhas,, às vezes de outros.

quarta-feira, 9 de março de 2011

.duas partes.

Deixou-se levar, pelas ondas do mar, pelos ventos do norte, do sul, do leste, do oeste. Foi, sem saber para onde. Foi levada assim, como numa dança de par. E quando viu, estava perdida, no meio de uma nuvem colorida.

*********

Disseram-me que saudade era palavra singular. Acredito que seja singular por sua existencia, que só é da língua portuguesa. Porque, como pode ser a mesma e única saudade que sinto de tanta gente e de tanta coisa?

segunda-feira, 7 de março de 2011

.lisboa em pessoa.


As andanças do poeta não negam a beleza da cidade; ele me conta e eu acredito. Eu vi o que ele viu, e nada disso pode ser negado. A Lisboa romântica, a Lisboa destruída e amada, a Lisboa encantada. Encantada por seus versos, encantada por sua prosa, encantada por olhos turistas que não encontram o lado ruim de umas boas e merecidas férias.

Reencontro a cidade, num presente de aniversário: Lisboa em Pessoa. Nele, já encontrei muitos erros, suas fotos não têm toda a magia que vi, ainda assim, é bonito. Poderiam me deixar reordenar o sonho, daria mais poesia à vista do poeta e seus heterônimos.

Uma coisa é um viajante te contar, outra, um jornalista, outra é a visão de um sonho encantado, e esse, eu sei. Um guia de viagem, um lastro que se diz baseado nas andanças de Pessoa, de pessoas, da pessoa. Ainda não encontrei a poesia de seus passos, e assim quero, não apenas em pedaços de textos, em partes à parte de fantasia.

Ainda não cheguei na metade. Anda, que ainda tem mais, ele diz. Me conta contos, não paga contas, revejo passeios. Eu sonho contigo, assim. Que sejam burros, que sejam cavalos, em reis e rainhas, em negros escravos, em exposições, espero-te, Lisboa.

domingo, 6 de março de 2011

.existe um amor (quase) fundamental.


Sabe quando a distancia não importa e quando o tempo só aumenta a saudade? E vai crescendo devagarinho um amor distante, mas verdadeiro. E toda vez, faz brotar no teu rosto um sorriso, mínimo que seja, naquele momento crítico do dia...

Você sabe o momento certo pra dizer "eu te amo"? Você sabe, mesmo cedo, quando não vai assustar a outra pessoa? E quando você realmente sente demasiado, e está fora da realidade (não que este seja o seu ponto forte)... é quase tudo irreal nessa vida. Mas isso é verdade.

Existe um amor quase fundamental, ela disse. E viveu. E vive.

Tinha se esquecido do tal amor, da tal paixão, do tal palpitar do peito apertado. Era menina, quando se apaixonou pela última vez. Não é tão mais moça, ainda. Mas quer atravessar o oceano, viver uma loucura e dizer que assim, é feliz. Mas, pensa duas vezes. Largar tudo por um amor. Largar tudo por uma aventura. Ainda é nova, ainda é moça... vale a pena? Tudo vale a pena quando a alma não é pequena... eis o amor fundamental.

sexta-feira, 4 de março de 2011

.a grande luta.


Sem mais confrontos, os olhos baixam, a voz some. Daí, ela se dá conta do tamanho da briga que comprou. Sem saber, assim, o quão forte era o oponente, joga-se contra ele. Mas com o amor não dá pra lutar tão fácil.

quinta-feira, 3 de março de 2011

.ego(ísmo) em (auto-)retrato.

Quer mesmo me conhecer? Me reconhecer por entre os cantos, chorosa, sorrindo, cantando desafinadamente? Quer saber quem é a menina, a moça, a mulher, a louca apaixonada, a sombra de alguém, a luz de um cantinho? Quer descobrir a brasileira por dentro e por fora desse potinho com cara de quem vem do oriente? Com toda sua complexidade, toda a sua (ir)realidade, e (in)compatibilidade? Senta, que lá vem historia...

Era uma vez uma moça, que conheceu um moço e só namoraram depois que ela entrou na faculdade. Namoraram 2 anos, ficaram noivos mais um bom tempo, acabaram, ela sofreu, eles voltaram. Casaram. Um aborto espontaneo, uma morte de um filho, uma gravidez sofrida. Logo que nasceu a menina, sua mãe pôde chorar a morte do filho e regou sua fotografia com dor. Nasceu outro, 1 ano e 9 meses depois. E a menina decidiu cuidar, como se fosse dela. Estava nato, o talento para mãe.

Cresceu tímida, sorrindo pouco, batendo nos meninos da sala. Cresceu gordinha, e com o apelido de She-rah. Quis ser paquita, bailarina, veterinaria, médica, mas desistiu da medicina quando, pra uma feira de ciências do colégio, abriu um livro de dermatologia do pai. Desisitiu na hora. Quis fazer direito, trabalhar na ONU e mudar o mundo. O mundo a mudou e o sonho foi ter com outra pessoa.

Pisciana, sempre. Sentimentos à flor da pele. Desde sempre, apaixonada; paixões platônicas, pois nunca se viu merecedora de troféus, de amores. Mas sonhava com o principe encantado em seu cavalo branco que viria salvá-la da torre alta em que ficava escondida. Amou. Amou amores infantis, seu primeiro foi um coleguinha do jardim II, o Daniel. Dele, só lembra os cabelos loiros e cacheados e a mãe que usava uma coleira de gesso no pescoço; também, a primeira lembrança, as mãos dadas durante a aula da tia Cris.

Passado o tempo em que garotos eram garotos e garotas, garotas; em que crianças de sexos opostos não se misturam, virou moleque, de camisetão, aparelho e óculos... um patinho feio, mas pelo menos, magra, já. Ficou amiga do André, irmão gêmeo do Victor, muito diferentes. Um, magrelo e pequeno, outro, alto e mais fortinho, o magrelo foi a paixão-amiga. Se faziam desenhos, se faziam sorrisos. Um dia, sentaram debaixo da mesa de aniversario e se olharam, ficou um beijo no ar, porque levantaram a toalha de mesa.

Enquanto isso, dançava, a garota. Sonhando um dia poder só dançar na vida. Não seria necessario outro amor, outra coisa. A dança seria sua forma de energia e ela poderia viver APENAS da dança. Tempo passa, passa tempo, tendinites. Sessões de acupuntura. Formatura. "Ela nunca será uma bailarina de verdade", foi o que correu. E chorou. E desistiu do futuro dessa forma. Ok, seu corpo já não garantia o futuro, de qualquer jeito.

Antes da desilusão, dançou, torceu o tornozelo, queria dançar mais, mas estava num carrinho de bebê aos 7 anos. escreveu um livro, começou a aprender computação (e agora, acha absurdo que viu a internet nascer). Alguns detalhes se escondem na memoria, e melhor deixar quieto, porque senão o filme de muita gente vai queimar.

As amigas continuavam. O grupo mudava, mas sempre aumentando. Imaginavam seus casamentos, seus bolos, suas festas. Inclusive o rapaz com vaporetto que ficaria a postos a noite toda para qualquer eventualidade. E riam dos planos, e combinavam quem seria madrinha de quem. A quantidade de filhos, na cabeça, naquele tempo era absurda. E pensavamos em ser mães jovens... Ah! Os tempos mudam... Vivi, Carol, Ju, Melina, Ju M., Nati B. As corridas para pegar o melhor lugar no recreio!

Sexta série: primeiro beijo... que tragédia! Apaixonou-se pelo Danilo, Dadinho. Ainda menina, queria ver um desenho animado no cinema, de repente, veio o menino e colocou uma língua extra em sua boca. Claro, isso depois dela ter virado o rosto na primeira tentativa. É... tem gente que nasce ingênua e assim permanece por tempo indeterminado. E ficou, com sua platônica paixonite até o primeiro colegial, quase segundo.

Já no outro colégio, conheceu Rodrigo, que seu irmão apresentou. Foi paixonite. Durou e ele foi embora. Sim, não teve sorte no amor. Mas sorte no jogo... Já ganhou uma TV 14" num bingo, pouco dinheiro, ainda não ganhou na loteria, mas quem sabe logo mais... ou será que vai começar a rodada do amor?

Vão e vem, pessoas. Estalinhos. Nada mais.

(to be continued...)

quarta-feira, 2 de março de 2011

i've just found i have readers in other countries... maybe it's time to try writing in other languages....

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

.spreading secret.


Era segredo, prometeu-se não contar, mas a realidade não lhe pertencia. Assim, foi-se espalhando com o vento, a novidade e a alegria. E no descontrole da emoção, disse-lhe palavras que seriam melhores se guardadas por tempos, para amadurecer... Assustaram-se.

.dois.


Pequenos fragmentos de mim mesma, formam outro alguém desconhecido. Será que se colam com outras partes perdidas dele?

.igual.


Sonhos inconscientes, quase inconsistentes cismam em fazer parte do meu dia. Assim, passo a acreditar em tolices, dizer bobagem, ser menos crítica, até. De certa forma, isso me ajuda a incorporar o mundo real à minha realidade extrema, de extrema diferença. E eu começo a ser parte de um universo em desencanto, mas encantado por motivos já descobertos há muito, por outros.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

.2 a menos.



Menos duas, disse. Acalma, pois já foram catorze. E alguns minutos depois, mais duas escorriam. Espera, pois o que tem que ser, será. Mesmo assim, dói, não?

sábado, 19 de fevereiro de 2011

.strangers in the night.

Strangers in the night exchanging glances
Wondering in the night
What were the chances we'd be sharing love
Before the night was through.

Something in your eyes was so inviting,
Something in your smile was so exciting,
Something in my heart,
Told me I must have you.

Strangers in the night, two lonely people
We were strangers in the night
Up to the moment
When we said our first hello.
Little did we know
Love was just a glance away,
A warm embracing dance away and -

Ever since that night we've been together.
Lovers at first sight, in love forever.
It turned out so right,
For strangers in the night.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

.um talvez.


(foto roubada, coisa da Vértices Casa)

E quando a gente menos espera, ele aparece. Vem sorrindo, manso como garoa no verão. Pode ser que venha no inverno de lá, no calor daqui... Vai saber por que as coisas acontecem à distância. E tudo aumenta, e tudo muda, mesmo sem conhecimento completo do outro. O que importa é o pouco que se sabe, mas que não é possível entender onde começou e onde termina, se é que termina... Espero que não.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

.sim.

Já era tempo de deixar florescer. Pequenos detalhes sem vida, tomam forma diversa, como se saíssem de algum casulo invisível. E aí, aparece alguém. Não mais que de repente, torna-te borboleta e voa. Pra longe daqui.