quarta-feira, 19 de agosto de 2009

.ai, pronto.

Teoricamente, ainda não começamos o dia, mas ele começa sem mim. E começou sem mim um dia que parece que eu pretendia que não começasse nunca. Por que não temos mais direito a 8 horas de sono, pelo menos?

terça-feira, 4 de agosto de 2009

.o nada e a morte --- vazio.

Me apego a idéias fáceis, quando, por um segundo, olho para o lado e percebo como sou boba. Que critiquem os ideais alheios, dobrem-lhe as páginas de memórias scaneadas erroneamente, por metades descritas como verdades. E quando olhares ao fundo, profundo de seus olhos, o brilho deles estará quase a apagar, pagando-lhe a vida, apagando-lhe com a morte. Sem mais delongas, ela estará ensacada, num manto preto plástico, sem plásticas visuais. E percebo, como também perceberás, o quanto correm os momentos e quãos vis eles foram, apesar de intensos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

.despedida.

e a menina continua. tenta manter o ritmo. já está com pensamentos soturnos. está triste. cansou. ela continua. o tempo continua. ela pára, mas o tempo não. temo. ela sabe. ele também. por quê? e agora? vão-se ruínas. adeus.

.linha do tempo.

Cada qual se salva da maneira que pode, dentro do mar, dentro da vida. E a vida passa como se passassem os dias, mas com mais rapidez. E quando vê, a tua vida passou e a diferença que você fez ao mundo é quase nenhuma. E a diferença que você fez a poucos é enorme.

Pensando a respeito dos amigos - ok, pode parecer atrasado o pensamento do amigo, uma vez que o nomeado dia do amigo passou faz mais de dez dias, mas entenda minha situação: o tempo escorre por entre os dedos como se fossem menores que grãos de areia, pois os grãos, pelo menos, ficam grudados, alguns, na palma da mão, e em seu dorso também; e eu finjo correr contra o tempo, apesar de ele se dizer um dos meus melhores amigos, enfim... estendi-me demais entre parênteses e a linha de pensamento me fugiu, como foge o tempo, às vezes.

Retomo o pensamento nos amigos. Alguns até que encontrei hoje e acredito que encontrarei por várias vezes até o rugir das rugas, até eu fazer, de repente, meus 50 anos (porque farei os 22 até não poder mais mentir a idade ao cansaço). Aos amigos que tenho, eu dedico sorrisos e mantenho-os até cansar. E sei que manteremos juntos, também com lágrimas, até as nossas linhas do destino desistirem de ficar na palma das nossas mãos. E as mãos que serão unidas, atadas em laços e memórias, reconhecidas por entre os vincos do tempo...

E o tempo passará e ninguém vai notar a diferença que fez ao mundo, mas um ao outro, sim. E o mundo continuará rodando como se nada acontecesse. E os anos passarão. E os dias passarão, como passam ainda hoje. E, quando tivermos tempo de olhar para trás, olhinhos marejados e enrugados vão convergir, ao mesmo ponto; tal ponto, ponto de partida, amigo.. tempo.