segunda-feira, 3 de agosto de 2009

.linha do tempo.

Cada qual se salva da maneira que pode, dentro do mar, dentro da vida. E a vida passa como se passassem os dias, mas com mais rapidez. E quando vê, a tua vida passou e a diferença que você fez ao mundo é quase nenhuma. E a diferença que você fez a poucos é enorme.

Pensando a respeito dos amigos - ok, pode parecer atrasado o pensamento do amigo, uma vez que o nomeado dia do amigo passou faz mais de dez dias, mas entenda minha situação: o tempo escorre por entre os dedos como se fossem menores que grãos de areia, pois os grãos, pelo menos, ficam grudados, alguns, na palma da mão, e em seu dorso também; e eu finjo correr contra o tempo, apesar de ele se dizer um dos meus melhores amigos, enfim... estendi-me demais entre parênteses e a linha de pensamento me fugiu, como foge o tempo, às vezes.

Retomo o pensamento nos amigos. Alguns até que encontrei hoje e acredito que encontrarei por várias vezes até o rugir das rugas, até eu fazer, de repente, meus 50 anos (porque farei os 22 até não poder mais mentir a idade ao cansaço). Aos amigos que tenho, eu dedico sorrisos e mantenho-os até cansar. E sei que manteremos juntos, também com lágrimas, até as nossas linhas do destino desistirem de ficar na palma das nossas mãos. E as mãos que serão unidas, atadas em laços e memórias, reconhecidas por entre os vincos do tempo...

E o tempo passará e ninguém vai notar a diferença que fez ao mundo, mas um ao outro, sim. E o mundo continuará rodando como se nada acontecesse. E os anos passarão. E os dias passarão, como passam ainda hoje. E, quando tivermos tempo de olhar para trás, olhinhos marejados e enrugados vão convergir, ao mesmo ponto; tal ponto, ponto de partida, amigo.. tempo.


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