quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

.sonhos.

Ela sonhou. Não era mais menina e isso a assustou. Sob os lençóis, uma respiração ofegante e um olhar amedrontado. Não seria certo as vistas reprovadoras de uma coruja.

A janela estava aberta e uma brisa leve balançava as cortinas de voil. Era como continuação do sonho, quer fora bom, mas ela não sabia onde estava. E era ainda o seu quarto de menina.

Fechou os olhos. E, mais uma vez, vieram à sua cabeça pensamentos que não convinham. Mas ela gostava. E deixou-se levar pela maré de um desejo incontido.

Suspirou, já retornando o sono, voltou a sonhar.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

.o segundo dia do ano.

Sereia de confete, serei-a ela a conferir felicidade.
Encontros nada casuais, num telefonema esperado.
E é o segundo dia do ano, um dia atrasado.
Qualidade de alegria, promovido por um som.
Era a voz de sempre, em outro tom, infantil.
Sorriso em olhar, feliz como quem diria.
Sob o Sol, na água, a leitura de riso.
A infância se toma em forma de palavras assim.
Nada de sim, sem nãos, era um sonho de um dia de verão.
Paz sentida, consentida, com saudade.
E ela sorri e canta perto das águas.
Amém, amor.