domingo, 24 de agosto de 2008

.Lua em Oposição com Saturno natal.

Data de Nascimento: 6/3/1986
Hora de Nascimento: 01:25:00
Local de Nascimento: São Paulo ( SP )


Ascendente: Capricórnio
Lua: Capricórnio
Elemento: Água Polaridade: Positivo
Qualidade: Mutável
Período do Trânsito:
Início: 24/08/2008 Fim: 24/08/2008

Resumo:
Durante esse trânsito poderemos nos sentir frios e insensíveis. E também sozinhos e isolados, como se não pudéssemos nos comunicar com ninguém. É possível que inconscientemente estejamos enviando sinais de que queremos ficar sós e não ser incomodados. A influência dessa oposição poderá levar à ruptura dos relacionamentos. Há também agora uma forte tendência para nos determos nos aspectos negativos da vida e nos sintonizarmos mais com o fracasso e a decepção do que com o êxito e o estímulo positivo. O melhor a fazer, então, é não levar esses sentimentos a sério e não tomar nenhuma decisão baseada neles. O momento agora não é bom, mas logo nos sentiremos melhor e seremos capazes de enxergar o mundo de um modo menos opressivo. Quando esse período de depressão tiver passado, talvez seja preciso explicar às pessoas que estávamos num momento difícil. Elas costumam entender isso.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

- Você é o homem perfeito.
- Engano seu. Eu não sou perfeito. Se tem alguém errado na terra, sou eu!
- Foi o que eu disse: você é perfeito.
- Acho que não sou quem você pensa que eu sou.
- Sei que você nem sempre é perfeito...que tem problemas, defeitos, imperfeições, mas quem não tem? Eu gosto dos seus problemas...me apaixonei por seus defeitos. Eles são fantásticos.

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Pensei nas garotas que conheci, com quem transei ou só desejei. Elas eram como bonecas russas. Passamos a vida inteira nesse jogo, querendo saber quem será a última... a menorzinha que estava escondida dentro das outras desde o início. Não podemos ir direto até ela, temos que seguir as regras... abrir uma após a outra e nos perguntar: "Esta é a última?"

Bonecas Russas (Les Poupées Russes, 2005)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

.à confusão mental.

É difícil pra uma pessoa como eu falar de alguma coisa que não sabe. Ainda mais se for pra ninguém, ou pra alguém também. É estranho pensar que a gente tem milhares de denominações para o amor e eu não consigo encaixar os meus sentimentos em nenhuma delas. É triste pensar que eu gosto de alguém e nunca sei se o sentimento é recíproco. Deve ser porque não é.
Tô confusa e é só isso.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

.experiência nº2.

Parece que quando a gente tem medo de alguma coisa, ela nos persegue. Foi a vez, hoje, meio que finalmente, meio que temerosa, de rancar o siso. Pra quem conhece a novela, são três anos de enrolação. E hoje foi o dia. Num misto de surpresa e satisfação. Só que agora dói.

6ª-feira, tarde: liga para o consultório, não tem mais horário. "Nem um encaixezinho? Tá tão complicado!".

Ok, 2ª-feira, nove da manhã: chega em ponto, sem minutos a mais nem a menos, mas se tivesse ido de carro, teria chegado antes. quase 3 horas no dentista. Sala gelada, aquário com peixes, livro. "O amor nos tempos de cólera", será que é o amor nos tempos da raiva ou o amor num tempo de surto de cólera? Ainda não pode responder, não chegou à metade do livro.

Enfim, sobe à sala. Branca. Deita na cadeira, quase elétrica. O pior é que depois, na hora da cirurgia, colocam um tecidinho na cara, aí tava na cadeira elétrica. Ainda bem que não viu aquela seringa enorme, gorda e de metal entrando na sua boca. A covardia faz com que feche os olhos, assim, como virou o rosto lá no posto de saúde, mas se faz melhor dessa forma.

Picadinha. Nova picadinha. Até que não dói tanto. Nunca tinha levado anestesia. O doutor diz para esperar fazer efeito. Ela começa sentir a boca formigar. Dali a um tempo, olha lá no fundo da boca pequena, pelo espelho. Inchaço. Mas vai passar. Agora, chega de inflamações.

Espera, espera, espera. Parece que está começando a babar sem querer, mas é só impressão. Formigamento. Dali há pouco mais nenhum sinal de que vai passar a anestesia. Parece que tem paralisia facial. Desespero. Mais uns minutos, olha a seringa. Desespero. Dali mais um tempo, nova aplicação de anestesia. Agora que sabia o tamanho da seringa, seus pés e mãos parecem mais tensos.

Pessoas ao redor. Comentam como acontece. Ela só sabe que está sendo vista e estão arruinando sua arcada dentária pelo jeito como puxam sua cabeça. Um tempo. Terminou. Mas já? Mal senti! Só sei que puxavam bem a cabeça. E o dente, ensanguentado. Que horror de cena. Uma parte de mim, mas foi melhor assim. Temos que aceitar separações. Mas aquela agulha ainda assusta.

domingo, 10 de agosto de 2008

.feliz dia dos pais.

Devo confessar que presente para o meu pai é uma coisa complicada; um, porque ele não gosta de nada de diferente; dois, porque ele não usa nada de diferente; três, porque todo ano a gente acaba fazendo a mesma coisa. Ficou chato, não temos mais idéias e tudo parece tão igual e rotineiro. Não era pra ser assim.

Quando eu era criança, meu irmão e eu acordávamos cedo, fazíamos um café da manhã e levávamos na cama dos meus pais. Com o passar do tempo, começamos a acordar cada vez mais tarde e meus pais, cada vez mais cedo, aos finais de semana. Ou seja, perdemos as horas de fazer os cafés das manhãs tão esperados todos os anos.

Ah, sim. Também, essa obrigação de dar presente começou a ficar chata. Os preços vão subindo, e parece que a cada ano que passa, conforme vamos querendo nos tornar independentes, a inflação aumenta e os salários diminuem. Fora que a profissão que escolhi eu não tenho salários, tenho cachês; em geral, atrasados.

Que maravilha seria se o mundo continuasse cor-de-rosa de quando eu tinha meus 9 anos. Se eu pudesse ser rica só de imaginar, de vez em quando. Ai, ser criança no dia dos pais era mais legal.

.outro perfil.

Nada é tão simples quanto parece, nem tão complexo quanto se imagina. E assim, eu cheguei à conclusão de que sou confusa.

.não tente ligar nada, são só palavras jogadas.

De vez em quando ela pára. Pára, mas não pensa. E aí depois fica toda atribulada tentando colocar pra fora tudo aquilo que deveria ter pensado há cerca de uma semana. E vem a outra e a outra e a outra, ligações no meio tempo, e uma preocupação que parece ser estúpida. Ela percebe que hoje, a letra mais indicativa em qualquer lugar é o E. Por quÊ?

Fala de coisas que não fazem o menor sentido. Lembra de outras que menos ainda. E depois chora. Tanto porque lembrou da abertura das Olimpíadas e queria ser um chinês voando, quanto porque faz quase uma semana que não fala com um pseudo-namorado. E essa palavra assusta, e muito. Ela não sabe o que assusta mais, se o pseudo ou o namorado.

Claro, as pessoas deveriam estar acostumadas com essas duvidazinhas adolescentes, mas chega uma hora que a adolescência vira uma pseudo-adultice, ou qualquer coisa assim. E ainda assusta mais, porque ninguém entende qual é a dessa fase. E ela menos ainda. E ainda tenta ser adulta, pobrezinha.

E o outro coitado é o E, que ficou pra trás...

sábado, 9 de agosto de 2008

.a agulha.

E o medo da agulha? Aos 22 anos, ela ainda teme a maldita agulhinha que vai jorrar algum líquido doente dentro dela... Terrível essa visão, não?

Enquanto as mães com os filhos no colo estavam a espera do tal Zé Gotinha (que deve ter o gosto mais amargo que a criança experimenta durante essa tenra fase da sua vida), alguns pseudo-adultos esperavam pela famigerada agulhada de rubéola. Lembrou-se na hora da piadinha com seu amigo: "Tive roséola, quando pequeno. É a prima da rubéola". Há! Então o outro teve amaréola, e por aí foi. Mas ela também teve essa tal aí, aos 6 meses...

Enfim, a chuva aumenta a tensão. O frio faz os músculos se aglutinarem em bolinhos. Mais uma etiqueta na carteirinha de vacinação, isso a faz sentir-se mais velha do que é, pois a carteirinha está quase completa. Como será que aparecem as próximas vacinas que tomar?

"Você está de gestante?", ela ouve ao longe. Mais uma vez, agora é com ela: "Você está de gestante?". "O quê?", pensa. "Está de gestante?". Ri, "não sou gestante, por favor!". "Ok, só poderá estar de gestante daqui um mês, senão seu filho nasce com problemas".

Assustador, devo dizer. Não que ela programe um filho pra daqui um mês, agora, menos ainda, mas imagina a praga de uma pessoa que você nem conhece dizendo que se tiver um filho pra daqui um mês, ele nascerá com problemas. Que dó de quem tava se programando...

.perfil.

Era pra ser assim: quieta e compenetrada, quase nerd, que gostasse de ir à faculdade de Direito e se tornasse um diferencial na sociedade. Por acaso, ou pelo destino torto o qual quase todos têm opção, ela decidiu ser diferente. Pintou os cabelos, num ato (quase) rebelde às vistas de seu pai, decidiu que odiava o mundo "certinho e engomado" em que se encontrava desde um tempo atrás, resolveu a mudança da sociedade numa mudança pessoal e lá se foi para o mundo.

Uma pena o mundo não poder acompanhá-la, ainda mais o mundo de seus pais. Ela era uma prisioneira, pequena prisioneira de um mundinho criado só pra ela. E ela se sentia sozinha, mas eles não podiam entendê-la, pois desde que a garota resolveu partir para outros caminhos não traçados anteriomente, decidiram que não mais a entenderiam até ela tomar consciência de que a vida que ela achava que tinha escolhido não era a certa para a garotinha do papai.

Garotinha do papai, e da mamãe também, porque um só não daria conta de toda a proteção. Será que todos os pais são assim e uns só fingem ser "legais"?

Sabe que nem amigos ela pode visitar, mesmo quando diz "ela sofre do coração", e olha que nessa idade, tudo o que mais deveria valer nas contas de peso dos pais é o coração dos filhotes e sua comunidade...