Era um lugar qualquer, uma pessoa qualquer que se transformava em uma mistura inigualável de luz e magia. E foi assim que ela nasceu estrela. E brilhou até o fim do dia em que ela cresceu. Fim.
Triste, e quem se importa mesmo?
É aqui o meu espaço, o meu aquário de águas cristalinas, das águas de março que fecham o verão e o ciclo da constelação de Peixes... Quantos peixes fora d'água, mas quantos dentro também. Agora é a hora e aqui é o lugar, vamos contar.
Muda, calada, cala a boca.
Mudo, desmudo no mundo, desmundo.
Quieta, sem mais, delongas.
Que longas esperas,
intermináveis.
E vai e vem e vão,
as ondas.
Longas de mim, tão longe
distantes.
Instantes do agora, longos, distantes, instantes do agora.
Sem fim.
Sem começo.
Sem mim.