segunda-feira, 11 de agosto de 2008

.experiência nº2.

Parece que quando a gente tem medo de alguma coisa, ela nos persegue. Foi a vez, hoje, meio que finalmente, meio que temerosa, de rancar o siso. Pra quem conhece a novela, são três anos de enrolação. E hoje foi o dia. Num misto de surpresa e satisfação. Só que agora dói.

6ª-feira, tarde: liga para o consultório, não tem mais horário. "Nem um encaixezinho? Tá tão complicado!".

Ok, 2ª-feira, nove da manhã: chega em ponto, sem minutos a mais nem a menos, mas se tivesse ido de carro, teria chegado antes. quase 3 horas no dentista. Sala gelada, aquário com peixes, livro. "O amor nos tempos de cólera", será que é o amor nos tempos da raiva ou o amor num tempo de surto de cólera? Ainda não pode responder, não chegou à metade do livro.

Enfim, sobe à sala. Branca. Deita na cadeira, quase elétrica. O pior é que depois, na hora da cirurgia, colocam um tecidinho na cara, aí tava na cadeira elétrica. Ainda bem que não viu aquela seringa enorme, gorda e de metal entrando na sua boca. A covardia faz com que feche os olhos, assim, como virou o rosto lá no posto de saúde, mas se faz melhor dessa forma.

Picadinha. Nova picadinha. Até que não dói tanto. Nunca tinha levado anestesia. O doutor diz para esperar fazer efeito. Ela começa sentir a boca formigar. Dali a um tempo, olha lá no fundo da boca pequena, pelo espelho. Inchaço. Mas vai passar. Agora, chega de inflamações.

Espera, espera, espera. Parece que está começando a babar sem querer, mas é só impressão. Formigamento. Dali há pouco mais nenhum sinal de que vai passar a anestesia. Parece que tem paralisia facial. Desespero. Mais uns minutos, olha a seringa. Desespero. Dali mais um tempo, nova aplicação de anestesia. Agora que sabia o tamanho da seringa, seus pés e mãos parecem mais tensos.

Pessoas ao redor. Comentam como acontece. Ela só sabe que está sendo vista e estão arruinando sua arcada dentária pelo jeito como puxam sua cabeça. Um tempo. Terminou. Mas já? Mal senti! Só sei que puxavam bem a cabeça. E o dente, ensanguentado. Que horror de cena. Uma parte de mim, mas foi melhor assim. Temos que aceitar separações. Mas aquela agulha ainda assusta.

Um comentário:

Camila Diniz disse...

ja passei por um ato cirurgico na boca,nao de ciso...
ahuahauhau amei a parte da paralesia facial, pior é que eu nao sentia minha respiração... e achei que estava tendo um troço da anestesia hahaha