domingo, 27 de julho de 2008

.as (in)constâncias de um tal amor.

Sofrimentos à parte, o amor é lindo. E é como um pingo no "i", porque sem ele não dá pra ser completo, quiçá, dá pra ser (e só)...

E como falar do amor, assim, sem mais nem menos? Sem ter alguma explicação ilógica de qualquer pessoa que diz ter sofrido por ele. O amor não tem sexo, não tem nexo, não tem paz, não tem nada. O amor é vazio, é rude, é medonho. O amor mete medo, e mete forte, faz doer e você não sabe porquê. E ainda dizem que é lindo. E eu digo que é lindo. Sei que sou louca, mas você não precisa ser também. Não esqueça de ser e só, mas esqueça a loucura, pois o amor a acompanha e sempre. A loucura é o feminino do amor, a tampa de sua panela, a metade da sua laranja (ai, como é brega!).

Quero bater um papo, bater no papo desse tal amor. Porque ele deve ser velho, barbudo e gordo. Deve ter remelas nos olhos, queijinho nos cantos da boca e a pizza sob as axilas. Acho que o amor pode ser um cara nojento que te fala sacanagem e o pior, você gosta. Ou pode ser uma mulher que vaga pelas noites a procura de uma companhia, só pra não se sentir solitária e gelada no lençol puído.

Quais as faces desse tal amor?

Já ouvi que é lindo, já ouvi que é sujo, já ouvi que não tem cara. Já ouvi que aparece e desaparece antes mesmo que você saiba que ele passou. Já ouvi que não se esquece... Esse tal amor também pode ser platônico, pode ser distante, pode ser cheio ou vazio. Já ouvi tanto dele, mas ele cisma em fingir que eu não existo.

Ok, estou mentindo. Conheci, e acho que reconheci uma vez, talvez duas, talvez três; de maneiras diferentes. Me falaram que aquilo que sinto pelos meus pais e meu irmão é amor, amor diferente que nunca acaba, só não sei porque às vezes ele sai de férias. Outro dia estava na praia, vi um menino, acho que meus amores começam na praia porque a maritimidade vem ao meu favor, sou filha de Iemanjá, apesar de já terem me alertado a nunca fazer pedidos de amor a ela. Será?

Sim, vi um menino, o primeiro que dormi abraçada, mas parou por aí. Durou um mês, eu parecia feliz e boba. Acabou assim, tão de repente quanto começou e eu chorei. Chorei abraçada a um amigo que também sofria por um (talvez e susposto) amor. Acho que essa foi a primeira vez de verdade. Uma cara feia e dolorida, fazia bico e dizia "peixinha". Agora, o lance, a segunda, algumas faces diversas... e eu tô descobrindo e me deixando ser levada: volta?

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