O céu estava azul, sem nuvem nenhuma. Ela deitada na rede, à beira da piscina, lia. Lia e se lembrava do rapaz que havia conhecido há 2 meses.
Parecia até cena de filme. O clima era europeu, mas ela estava no Brasil: o Sol queimava de leve a pele branca, uma brisa movimentava-lhe os cabelos pintados, os dedos de unhas vermelhas viravam as páginas lentamente, uma após a outra, numa leitura sonolenta. O telefone ficou na cestinha de pregadores, o lugar mais próximo da rede. Ela esperou, mas sua espera foi um tempo abstrato dentro de seus sentimentos.
Por que será que o amor (será mesmo o amor?) reserva minutos tão distantes quanto a eternidade? Por que será que tantos dizem que amar é sofrer? E essa não tinha sido a escolha da garota, pelo menos não dessa vez.
Tem motivos que, com o passar do tempo, se aprende a tentar não querer. E esse tal amor era um deles. Mas parecia inevitável o gostar de alguém. O gostar daquele alguém tão distante. Ela ainda segurava no meio da garganta a frase. Mesmo o 'eu te adoro', uma vez lhe atribuído na cama, ela tentou renegar. Não falou, mas isso lhe causava lágrimas.
Agora que poderia falar qualquer coisa, a existência do tal amor parecia algo distante, ao mesmo tempo que lhe apertava o peito de dor. Os pensamentos pareciam meros sonhos e ela estava sozinha, em alguma realidade paralela, criada para sua própria proteção. Por quê?
E foi nesse tal domingo que ela percebeu que estava enganada novamente.
2 comentários:
"Por que será que o amor (será mesmo o amor?) reserva minutos tão distantes quanto a eternidade? Por que será que tantos dizem que amar é sofrer? E essa não tinha sido a escolha da garota, pelo menos não dessa vez."
É do senso comum que o amor doa. Por que Romeu e Julieta? Tristão e Isolda? Essa tragédia abençoada pelos homens? Essa tragédia que produz tanta flor de Arte?
Por quê?
Mistério.
Eu não sei. Porque a vontade da criança é o carinho, natural, afago da espécie. Será que os cães se apaixonam? Os bois? As formigas? E vale a pena que sofram de amor?
Eu, tenho comigo que amar é sofrer. Mas esse pensamento viciado! Ah! Esse pensamento viciado.
Que venham domingos melhores na sua página, na sua história nessas páginas que o vento insiste em fazer dançar.
Rose Marinho Prado
"Por que será que o amor (será mesmo o amor?) reserva minutos tão distantes quanto a eternidade? Por que será que tantos dizem que amar é sofrer? E essa não tinha sido a escolha da garota, pelo menos não dessa vez."
É do senso comum que o amor doa. Por que Romeu e Julieta? Tristão e Isolda? Essa tragédia abençoada pelos homens? Essa tragédia que produz tanta flor de Arte?
Por quê?
Mistério.
Eu não sei. Porque a vontade da criança é o carinho, natural, afago da espécie. Será que os cães se apaixonam? Os bois? As formigas? E vale a pena que sofram de amor?
Eu, tenho comigo que amar é sofrer. Mas esse pensamento viciado! Ah! Esse pensamento viciado.
Que venham domingos melhores na sua página, na sua história nessas páginas que o vento insiste em fazer dançar.
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