Lá estava a garota novamente, incansável, e seus dedos impacientes. Palavra a palavra, ia crescendo o nível de idéias espalhadas num papel digital. E ela via a vida passando como um filme. Pensou se seria um longa ou um curta-metragem, mas talvez sua vida não fosse lá tão interessante para um filme...
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque, no fundo, a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
Foi a Clarice que escreveu. E ela me conta coisas à noite, em sonhos. Ela me leva pra comer morangos fora de época, e eu juro que são morangos sempre doces. E nunca preciso de leite condensado. Outro dia, levei a menina de dedos impacientes pra passear e contei dos sonhos e contei das verdades inventadas, e ela me sorriu. Ela disse que qualquer vida é digna de um filme, só o público que será mais seleto, ou menos.
Foi uma conversa de sorrisos, de palavras telepáticas e olhares distantes. Até porque a idéia de escrever foi dela. E aí eu fiquei aqui, só pra contar o sem-final da história. Ela que me espere.
5 comentários:
Ela que te espere.
O mundo que te aguarde...
;)
Beijos.
Clarice. Sempre Clarice revelando seus mistérios. Tenho um texto em um caderno de anotações que escrevi sobre o que ela provoca em mim. Sempre digo que não a leio... sinto-a...
belo post. Obrigada pela visita.
Isaaaa!
Não sabia q vc tinha um blog! Um não, dois! rs
Adorei! E já está na minha lista de "visitados com frequência"... rs
Beijos!
Toda vida é digna de Arte. Mas é preciso saber construí-la. Arte significa técnica, na etimologia. Então, é na construção que se cria outra vida, daquela vida.
beijos
Ah! Te adicionei aos links!
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